Seja público ou privado, os sistemas de saúde do Brasil ainda carecem de infraestrutura, inclusive, de equipamentos hospitalares. Especialistas no assunto, porém, afirmam a necessidade de uma atenção maior aos requisitos que garantem a qualidade do equipamento, para minimizar perdas e aumentar a eficiência dos serviços prestados.

No Brasil, o sistema de saúde é formado por dois pilares: o SUS (Sistema Único de Saúde), que compreende a saúde pública, e a Saúde Suplementar, que compreende a rede de saúde privada e os convênios médicos.

Mais de 150 milhões de brasileiros (ou 75% da população) dependem do SUS, segundo o Dr. Drauzio Varella. Os outros 25% são atendidos pelo sistema de Saúde Suplementar.

Ocorre que entre os dois sistemas de saúde consolidados atualmente no Brasil, existem diferenças de equipamentos, investimento e estrutura. Inclusive, no Brasil, os equipamentos precisam dar conta de atender principalmente à grande demanda do SUS.

Pensando em infraestrutura hospitalar, dados do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) apontaram, em março de 2020, que em 72% das regiões do país, o número de leitos de UTI por 100 mil habitantes, no Sistema Único de Saúde era inferior ao mínimo necessário, mesmo para um ano típico, sem considerar as necessidades colocadas pelo Covid-19.

De acordo com o especialista em equipamento hospitalar, Márcio Rebelo, existem algumas características que qualificam o equipamento como adequado para atender as demandas diárias dos serviços de saúde. “As certificações corretas e necessárias, durabilidade, usabilidade, fácil manutenção e qualidade são alguns dos pontos importantes a serem observados no momento da compra de um equipamento hospitalar, sem contar na atenção à parceria com bons e confiáveis fornecedores”, pondera o Coordenador da Qualidade e Logística da Protec.

No checklist necessário para comercializar equipamentos hospitalares adequados às exigências do mercado, consta o controle de qualidade de materiais, que segundo o especialista, garante que os produtos atendam às especificações e normas exigidas pelos órgãos responsáveis. “Também é importante observar se investimentos permanentes são realizados na capacitação de profissionais, no aprimoramento de tecnologias e no desenvolvimento de produtos inovadores, que levem tranquilidade ao consumidor final com o melhor custo-benefício aos hospitais, clínicas e laboratórios”, reforça Rebelo.

A capacidade de estoque é outro ponto que o Coordenador da Qualidade e Logística da Protec considera importante, já que é ela que permite maior eficiência logística de atendimento dos pedidos. “Em um cenário como o da Covid-19, por exemplo, o atendimento ágil às solicitações de equipamentos hospitalares foi sinônimo de vidas salvas. É preciso olhar para momentos como esse e pensar em maneiras de otimizar o atendimento prestado, garantindo mais agilidade e qualidade”, completou Márcio Rebelo.

Por fim, o especialista salienta que essa deve ser uma preocupação constante e com toda a infraestrutura hospitalar. “A partir do momento em que as atenções se voltam para a qualidade do atendimento hospitalar, melhor fica a assistência à população”, finaliza Rebelo.