O líder do Governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), rebateu há pouco, em sua apresentação inicial na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, as teses apresentadas contra ele e ressaltou que conseguiu reduzir em R$ 5 bilhões, à frente do Ministério da Saúde (2016-2018), os gastos públicos com aquisições de medicamentos.

Nos tópicos a seguir, os principais pontos da apresentação:

Falas do deputado Luis Miranda
Miranda nunca afirmou que Barros estaria envolvido na compra da Covaxin. O que Miranda disse é que o presidente Jair Bolsonaro teria perguntado, a ele, se haveria um suposto envolvimento de Barros.

“Todas as falas de Luis Miranda são nesse sentido. O presidente nunca afirmou e, portanto, não tinha como desmentir o que ele nunca afirmou”, disse Ricardo Barros à CPI.

Narrativa
De acordo com Barros, para sustentar uma falsa narrativa foram sendo criados fatos com o objetivo de tentar envolvê-lo, mas todos foram desmentidos nos depoimentos seguintes à própria CPI.

Fiscal de contratos
A servidora Regina Célia Oliveira, do Ministério da Saúde, informou à CPI que não conhece pessoalmente Ricardo Barros. Havia sido nomeada para cargo de confiança antes da gestão de Barros. Foi mantida na sua gestão, com salário menor, e até hoje é fiscal de contratos da Pasta.

Roberto Dias
O ex-diretor do Ministério da Saúde não foi indicado por Barros, e sim pelo ex-deputado Abelardo Lupion.

Emenda da Covaxin
Nove parlamentares, entre deputados e senadores, apresentaram emendas à Medida Provisória 1026/21 para facilitar a compra de vacinas da Rússia e da Índia.

Porém, essas vacinas não foram compradas.

“Todos os autores das emendas tiveram a mesma boa intenção. Só eu tive má intenção?” questionou Barros.

Contrato da Global
Ricardo Barros informou que o atraso na entrega de medicamentos raros pela empresa Global ao Ministério da Saúde foi gerado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); pela fabricante dos remédios, a Sanofi; e pela própria Global, que sempre ganhou na Justiça o direito de exercer o contrato – e portanto não havia como suspendê-lo.

VTCLog
A empresa não foi contratada pelo Ministério da Saúde na gestão de Barros, e sim depois da sua saída da Pasta.

Vida pública
Ricardo Barros lembrou que sempre buscou transparência e diálogo na vida pública. “Faço questão de prestar os esclarecimentos”, disse o deputado, que vem pedindo para depor à CPI desde o final de junho.

“Iniciei a vida pública como prefeito de Maringá, em 1989, e tenho seis mandatos de deputado federal. Estou aqui, depois de tantos anos, por ser correto. A missão de servir é o que me move, e o prejuízo à minha imagem causado pela CPI foi muito grande”, ressaltou.

da assessoria