A partir deste ano paranaenses de todos os cantos, de todas as cidades, começarão a ganhar o mundo. É que o Governo do Paraná, numa iniciativa inédita, vai colocar em prática um projeto aprovado no final do ano passado na Assembleia Legislativa (Alep): a criação do Programa de Intercâmbio Internacional Ganhando o Mundo, que levará 500 estudantes matriculados na rede estadual de ensino para países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Austrália.

De acordo com a Lei Estadual nº 20.009 de 2019, que instituiu o programa o âmbito da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), cada um dos 399 municípios do Paraná terá pelo menos uma vaga de intercâmbio, que possibilitará aos estudantes da rede pública com boas notas terem formação acadêmica em instituições de ensino estrangeiras, além da experiência de morar em um outro país.

A iniciativa, inspirada num projeto implementado em 2011 pelo Pernambuco, era uma promessa de campanha do governador Ratinho Junior (PSD), que acredita ser possível motivar ainda mais os estudantes com o programa. Além disso, ele também vislumbra o “Ganhando o Mundo” como componente importante para a colocação dos alicerces na construção de um Paraná moderno.

“Quando se tem a oportunidade de conhecer um país de primeiro mundo, a criança volta ao seu país com a vontade de estudar mais, interagir com a cultura que conheceu. São novos horizontes. E outras crianças vão querer ser igual àquela que foi para o exterior. É uma oportunidade para muitas das nossas crianças”, afirma o governador. “Ter estudantes preparados para o futuro vai nos ajudar a construir um Paraná moderno, com pessoas capacitadas e bons profissionais”, complementa.

Poderão participar do programa alunos da 2ª série do ensino médio, com idade mínima de 15 anos e máxima de 17 anos e seis meses até a data do desembarque no intercâmbio. Os estudantes também deverão ter concluído um curso preparatório de língua estrangeira, que será ofertado gratuitamente pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), e deverão ter médias de avaliação iguais ou superiores a 7 em todas as disciplinas. Haverá reserva de vagas para alunos de famílias que recebem o Bolsa Família e o estudante que participar do intercâmbio não poderá ser selecionado novamente em outra oportunidade.

Para a permanência no exterior, os estudantes serão contemplados com seis bolsas de R$ 800 (uma bolsa de apoio financeiro paga anteriormente ao embarque e cinco bolsas de manutenção, a serem pagas no decorrer do programa). O intercâmbio terá duração de um semestre, período no qual os alunos ficarão hospedados em casas de famílias ou residências estudantis. O custo total do programa é de R$ 24 milhões por ano. Critérios mais específicos de seleção e classificação ainda serão divulgados por meio de edital publicado pela Secretaria da Educação e do Esporte.

Por Rodolfo Luis Kowalski | Bem Parana