A Prefeitura de Fortaleza iniciou um processo licitatório para a construção de 22.897 vagas de sepultamentos no Cemitério Público Municipal Bom Jardim, devido ao aumento de óbitos causados pela Covid-19. A ampliação do maior cemitério da cidade ainda não tem data definida, mas a previsão de entrega é de 90 dias após o início das obras. Nove coveiros devem integrar a equipe do equipamento.

Cidades de outros estados do país também precisaram aumentar a capacidade dos cemitérios devido aos óbitos por coronavírus. Manaus por exemplo, passou a ter enterros noturnos e caixões empilhados em cemitério para atender a demanda. São Paulo abriu mais de de 13 mil novas covas. Já no RJ, foram construídas para comportar 12 mil novas gavetas para caixões.

Considerada epicentro da contaminação pelo vírus no estado, Fortaleza já registrou mais de 5 mil casos confirmados de coronavírus e 355 mortes. Em todo estado, mais de 450 já morreram com a doença, e foram contabilizados, até a manhã desta quinta, mais de 7,5 mil casos.

A construção das covas na cidade está orçado em R$ 5.234.476,30. Serão 495 unidades para adultos, 132 vagas infantis, 66 do tipo especial e 99 outras para membros.

No documento de licitação, a prefeitura pontua que Fortaleza é a cidade com maior número de casos de infecção pelo SARS-Cov-2 do Nordeste, justificando este como o “motivo pelo qual se impõe o acompanhamento constante da situação do cemitério Parque Bom Jardim, para evitar a falta de leitos para sepultamento”.

No primeiro lote da ampliação, serão construídas 18.144 unidades de ossuários, tipo de depósito para restos mortais, feitas em concreto pré-moldado, com orçamento de R$ 1.763.186,34.

Os jazigos, monumentos onde uma pessoa é sepultada, serão distribuídos entre adultos, crianças, indivíduos de maior porte (especiais) e membros (partes do corpo amputadas e que precisam ser enterradas). O orçamento é de R$ 3.471.289,96.