Por Igor Rosa | Fotos: Divulgação

Mesmo com a preocupação com a saúde dos brasileiros por conta da pandemia do novo coronavírus, 2020 é um ano de eleições municipais. As autoridades e infectologistas discutiram por meses qual a melhor solução para a realização do pleito, garantindo a saúde dos eleitores. Normalmente os brasileiros vão às urnas no primeiro e no último domingo de outubro. Neste ano, as eleições de primeiro e segundo turno devem acontecer no dia 15 e 29 de novembro, respectivamente.

Com a alteração do calendário eleitoral, os candidatos ganharam um tempo a mais para organizar suas campanhas. Desde o último levantamento, feito em março pelo D’Ponta News, alguns nomes afirmaram que não devem disputar cargo eletivo neste ano, enquanto outros trabalham intensamente nos bastidores para viabilizar suas candidaturas.

De todos os pré-candidatos, sete já confirmaram a participação nas atípicas eleições 2020.

Marcio Pauliki (Solidariedade) é empresário, dono de uma rede de lojas do varejo. Disputou as eleições municipais em 2012 e conquistou 30,01% dos votos, ganhando a confiança de 53.517 ponta-grossenses. Pauliki não chegou a participar do segundo turno, que naquele ano foi entre Péricles e Rangel, nenhum dos quais foi apoiado por Marcio. Em 2014, Marcio foi eleito deputado estadual, na época pelo PDT, com 62.762 votos. Contrário à reeleição para o mesmo cargo, Pauliki disputou o cargo de deputado federal em 2018, quando conseguiu 67.125 votos.

Aliel Machado (PSB) é um dos principais nomes da disputa eleitoral de 2020. Deputado federal pelo segundo mandato, o parlamentar já foi vereador e presidente da Câmara Municipal entre 2013 e 2014. Nas últimas eleições municipais, Aliel participou da corrida pela Prefeitura de Ponta Grossa. Chegou a ir ao segundo turno com Marcelo Rangel, e perdeu com 44,62% dos votos, o que representa 79.008 pessoas, enquanto Marcelo contabilizou 55,38% dos votos, sendo eleito prefeito por 98.058 ponta-grossenses.

Elizabeth Schmidt (PSD) é a atual vice-prefeita de Ponta Grossa na presente — e última — gestão do governo Marcelo Rangel. Elizabeth é professora por formação. A história na política vem de quando assumiu a Secretaria de Cultura no governo Wosgrau. Em 2014, arriscou uma candidatura como deputada federal. Em 2016, participou das eleições com Marcelo Rangel. Elizabeth já demonstrou a vontade de ser candidata e dar sequência no trabalho desempenhado nos últimos oito anos por Rangel.

Márcio Ferreira (PSL) afirmou participar das eleições deste ano. Recentemente deixou o cargo de secretário de Serviços Públicos e colocou o nome à disposição para disputar a Prefeitura de Ponta Grossa. Márcio nunca disputou nenhum cargo eletivo.

Ricardo Zampieri (Republicanos) é um dos mais jovens vereadores de Ponta Grossa, eleito em 2016 com apenas 21 anos de idade. O jovem vive a primeira experiência política e conquistou, na última eleição, 2.027 votos para integrar o Legislativo municipal. Alinhado ao governo Bolsonaro, Ricardo saiu do PSL para se filiar no Republicanos. O rapaz colocou o nome à disposição como pré-candidato a prefeito este ano.

Sérgio Gadini (PSOL) é jornalista graduado, doutor em Comunicação e pós-doutor em Jornalismo. Professor concursado da UEPG desde 1996. Participante e defensor de movimentos sociais por cidadania, Gadini já foi presidente do Sindicato dos Docentes da UEPG e presidiu o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo. Autor de vários livros sobre Jornalismo, análise política e Produção cultural, professor Gadini disputou a Prefeitura de Ponta Grossa pelo PSOL em 2016. Ele foi confirmado como candidato do PSOL para o pleito deste ano.

Júlio Kuller (MDB) foi vereador de Ponta Grossa, secretário de Assistência Social na gestão de Marcelo Rangel e concorreu as últimas eleições ao cargo de prefeito, em 2016. Filiado ao MDB, deve disputar a majoritária nas eleições deste ano.

Outros nomes que aparecem nos bastidores da política ponta-grossense, porém não confirmaram a participação no pleito deste ano, são esses:

Jocelito Canto (Podemos) movimentou o cenário político de Ponta Grossa ao manifestar interesse em disputar o cargo de prefeito em 2020. O comandante do jornalístico ‘Tribuna da Massa’ foi prefeito entre os anos de 1997 e 2000. Foi deputado estadual por três mandatos e teve os direitos políticos caçados para responder processos na Justiça. Segundo o vereador Florenal da Silva (Podemos), Jocelito é o candidato da sigla para a majoritária deste ano. Contudo, quando encerrou o prazo para que candidatos que trabalham em rádio e TV saíssem do ar, antes do novo calendário eleitoral, Jocelito não deixou de apresentar seu programa na Rede Massa, o que indica que possivelmente ele deva angariar um cargo público somente em 2022.

Pedro Wosgrau Filho (PRTB) é empresário e ex-prefeito de Ponta Grossa por três mandatos. Filiado ao PRTB, após oito anos longe da política, existem rumores de um retorno político neste ano. Há quem diga que a candidatura dele para a Prefeitura Municipal é certa, porém ainda não há nada concreto a esse respeito.

Felipe Passos (PSDB) colocou o nome como pré-candidato à Prefeitura de Ponta Grossa. Eleito para o legislativo em 2016, o jovem vereador está em seu primeiro mandato. O rapaz tem um grande apelo entre os católicos ponta-grossenses. Em 2018, disputou uma vaga para deputado federal e acumulou 49.661 votos, sendo 25.650 só de Ponta Grossa. Pode ser mais um dos possíveis nomes que terão o apoio de Sandro e Rangel.

Antônio César Bochenek (sem partido) é juiz federal e magistrado. Foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil no biênio 2014-2016. Nunca disputou eleição para cargos do Legislativo e do Executivo. O nome do jurista apareceu depois da aclamação de algumas lideranças de Ponta Grossa. Bochenek é formado em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Nos bastidores, existem rumores de que ele tem interesse em se candidatar para as eleições majoritárias desse ano, porém, para que isso aconteça, Bochenek teria que abandonar a carreira como juiz federal para se filiar a um partido e concorrer ao cargo de prefeito. Há quem diga que o juiz federal seria a aposta de Marcelo Rangel e Sandro Alex para dar continuidade aos projetos já iniciados pelos irmãos, porém a possibilidade de uma candidatura é quase nula.

Veja o novo calendário eleitoral.