Nesta terça-feira (07), o deputado estadual Requião Filho criticou a postura da atual gestão da Copel, presidida por Daniel Pimentel Slaviero, que comemorou em recente entrevista, a amarra feita no estatuto da companhia que obriga qualquer futuro governador ou gestor da estatal, a reajustar as contas de energia colocados pela ANEEL, no seu percentual máximo, precisando ou não.

“Não é um legado a ser comemorado, é uma herança maldita”, declarou Requião Filho.

 

ASSISTA:

 

O parlamentar apontou a gravidade das afirmações do presidente da estatal, diante da crise financeira que se apresenta no Paraná, decorrente da má gestão de Ratinho Júnior.

“As famílias escolhem pagar a conta de água ou de luz, porque tem meses que elas não conseguem pagar as duas. E saber que os reajustes serão sempre pelo valor máximo, é como trazer um mau presságio a nossa população, que sofre diante do descaso econômico promovido por este governo, que desconhece a realidade do Paraná”.

 

E continuou:

“Consideram investimento de risco o que deveria ser a base dos trabalhos da nossa companhia de energia elétrica. O retorno esperado pelos acionistas não é promover a dignidade da nossa população, mas acumular lucros que não são reinvestidos no nosso Estado. A Copel é dos paranaenses, não dos acionistas. Esse presidente acredita que deixou um legado, mas é um roubo ao povo paranaense e à nossa economia. Não conhece a dor do povo paranaense. Não conhece um patrimônio do município, um assentamento, uma comunidade do interior. Queremos preço justo, não lucro para acionista nem PLR para diretoria. E o governador apoia esse descaso, porque deixou à frente da diretoria da Copel pessoas que fazem isso com a nossa população”, destacou.

Requião Filho lembrou também os anos do Governo Requião, onde as tarifas de água e luz ficaram congeladas, ao mesmo tempo em que deram lucro e promoveram o maior investimento da história em redes de distribuição e saneamento básico do Estado.

“Agora, mesmo subindo as tarifas acima da inflação, a Copel não conseguiu sequer terminar o Paraná Trifásico. Isso prejudica as donas de casa, os pais de família, mas também as empresas, o agro, as indústrias. Não há condições de um governador deixar que alguém comemore um roubo desses de maneira tão escandalosa como se fosse um legado”.

Por: Requião Filho | Foto: Dálie Felberg / ALEP