Você acredita ou já viu algum OVNI? OVNI é a abreviação para ‘objeto voador não identificado’. Muitas pessoas pesquisam, estudam e acreditam na presença desses fenômenos. Em Ponta Grossa não é diferente. Em conversa com o D’Ponta News, o presidente e coordenador-geral da AUP – Associação Ufológica Ponta-grossense, Juliano Willi Lohse, relata as experiências ocorridas na cidade, fala da relação da pandemia da Covid-19 com o tema e também traz o ponto de vista dele sobre alguns assuntos que são considerados polêmicos.

Primeiro contato

Juliano Willi Lohse, presidente e coordenador-geral da AUP

Juliano começa falando do início da relação dele com os OVNIs e as pesquisas sobre o tema. Ele também conta o número de aparições de casos de OVNIs na região. “O fenômeno OVNI é registrado na nossa cidade e nos Campos Gerais. Eu tenho contato com isso faz tempo! Tive conhecimento, a primeira vez, através de uma pesquisa da professora Isolde Waldmann, ex-presidente da AUP. Até o momento já foi encontrado o registro de 1.917 casos de OVNIs na região dos Campos Gerais”, explica.

Seres extraterrestres, será?

Porém, Juliano faz uma ressalva quanto à existência de seres extraterrestres. “O que cabe aqui na associação é fazer uma pesquisa ampla sobre esses objetos e descobrir suas origens. Nós mesmos já fizemos muitas pesquisas e já identificamos vários objetos. Agora, não posso afirmar que esses objetos tem algum tipo de presença extraterrestre”, diz.

Pandemia não afeta as aparições

Embora os encontros dos grupos de observação e pesquisa do tema possam ter diminuído em virtude da pandemia do coronavírus, Juliano destaca que esses fenômenos acontecem na região independente das condições, sendo muito difícil até mensurá-los. “Tem acontecido como sempre, eu não acredito que haja um aumento ou uma diminuição devido à pandemia”.

Segundo ele, Ponta Grossa tem três regiões onde as aparições são mais comuns e que são mais buscadas pelos estudiosos da área. “Esses OVNIs aparecem mais na região do Alagados, do Parque de Vila Velha e no bairro Chapada”, afirma.

Barulhos no céu

Nos meses de maio e junho, muitas pessoas relataram, através de redes sociais, terem ouvido ruídos no céu em várias partes do Brasil. O caso ganhou destaque entrando para os trending topics, os assuntos mais comentados do Twitter. Tais barulhos geram relatos de pânico em muitas pessoas, principalmente devido ao período de distanciamento social e pandemia da Covid-19 em que vivemos.

Sobre isso o pesquisador se mostra um pouco mais desconfiado. “Segundo algumas pessoas têm relatado aí, eu tenho um pé atrás na questão. Principalmente na internet, muitos querem denegrir a imagem das pesquisas sérias em relação aos OVNIs. No meu entender, a maioria desses barulhos são montagens, não são reais. Claro que há ressalvas, de repente alguns desses poderiam até fazer parte de algum projeto de estudo”, destaca.

Caso Loremir

Um dos casos mais significativos e bem documentados em Ponta Grossa é o Caso Loremir. Confira o relato enviado pelo pesquisador.

No dia 27 de fevereiro de 1999, um sábado chuvoso, alguns membros do GPUPG – Grupo de Pesquisadores Ufólogos de Ponta Grossa, entre eles Juliano Willi Lohse, Amauri de Lara e Everton José Rocha, estavam conversando em um ponto de ônibus localizado no Núcleo Santa Luzia, quando às 22h30 foram abordados pelo Sr. Loremir, que era morador da região. Tal cidadão encontrava-se nervoso e logo relatou o que lhe tinha acontecido para ficar nesse estado. O sr. Loremir relatou que, em sua volta para a chácara onde ele é caseiro, ele foi perseguido por um objeto voador estranho sob a forma de uma “bola de fogo”. Antes de seguirem para o local da suposta perseguição, os integrantes do GPUPG telefonaram para um colega investigador, chamado Wellington Faria, que fazia parte de outro grupo de pesquisas, o GUP, para que ele também participasse da investigação.

Quando todos chegaram ao local, aproximadamente às 23h15, o OVNI ainda estava no local, para a surpresa de todos. O objeto estava parado a uns 40 a 60 cm sobre um poste de madeira (que não tinha nenhuma fiação elétrica ativa). Foram feitas duas fotos do referido OVNI (as quais aparentemente não deram resultado talvez pela baixa luminosidade do local). Os integrantes usaram uma lanterna para fazer sinais luminosos em direção ao objeto, o qual começou a mudar de tamanho. Do tamanho inicial de uma bola de tênis, ele aumentou até as dimensões de uma bola de futebol de salão. A reação do OVNI ao sinal da lanterna foi o fato mais interessante, pois, quando a lanterna foi piscada três vezes seguidas, o objeto também emitiu três aumentos de irradiação e logo a seguir apagou-se, aumentando de tamanho logo após isto. A coloração do objeto era de um amarelo esbranquiçado. O OVNI foi observado por cerca de 10 minutos, após o que o grupo resolveu levar o caseiro até a sua chácara, visto o seu estado de nervosismo. No retorno ao local de avistamento, o objeto tinha desaparecido sem deixar vestígios.

No dia seguinte ao ocorrido, ou seja, em 28 de fevereiro de 1999, alguns integrantes do GPUPG retornaram ao local do avistamento ocorrido com o Sr. Loremir, só que desta vez durante o dia, por volta das 13h45 . Feito isto, para realizar uma segunda investigação, estavam presentes Juliano Willi Lohse, Amauri de Lara, Saulo M. Sandrino e Edson N. Rodrigues.

No local do ocorrido, puderam levantar algumas interessantes observações. No poste sobre o qual manifestou-se o fenômeno luminoso, havia um ninho de joão-de-barro, destruído. Isto foi comprovado pelo investigador Edson, que conseguiu subir no poste, encontrando ainda um pássaro morto dentro do referido ninho, entretanto, não se tratava de um joão-de-barro, mas sim um Bem-Te-Vi. Tal animal encontrava-se sem cabeça e pernas, apresentando uma queimadura em suas costas, dando a impressão de ter sido queimado por algo, no sentido de cima para baixo. Foram feitas fotos do poste, do pássaro e da região. De posse dessas informações, surgiram várias interrogações, desde a presença de um Bem-Te-Vi em um ninho de joão-de-barro(algo que pode acontecer pelo aproveitamento pelo primeiro de um ninho abandonado pela segunda espécie citada), mas com o agravante da falta da cabeça, pernas e a queimadura nas costas do animal, a qual está fortemente ligada à causa da morte do pássaro. Da mesma forma, envolve a influência do fenômeno luminoso sobre tal poste, causando a morte do pássaro. Este caso parece que não é único na região que abrange o Núcleo Santa Luzia e a Vila Borato, pois correm narrativas sobre outros ocorridos similares, sendo que estes não sofreram qualquer tipo de investigação.

Confira imagens do local do caso e uma simulação do ocorrido:

Acesse o blog da Associação Ufológica Ponta-grossense: https://auppg.wordpress.com/

Imagens: Reprodução/AUP/Facebook    informações