O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje que o governo federal pode enviar uma remessa emergencial de medicamentos para tratamento do Covid-19 ao Paraná com a ajuda do Exército. A promessa foi feita diante do diagnóstico do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, sobre a falta de medicamentos para manter os pacientes de Covid-19 sedados nas Unidades de Terapia Intesivas (UTI) dos hospitais. Segundo o secretário, o estoque do Estado só é suficiente para mais três ou quatro dias, e a situação pode chegar a um colapso.

“Essa data, esses 4 dias, se nós precisarmos fazer uma entrega emergencial, em poucas horas, em um dia, a gente vai pegar um estoque de emergência para não deixar faltar”, afirmou Panzuello. O ministro admitiu, porém, que a escassez desses insumos é problema nacional, e que o governo não tem como enviar ao Estado uma quantidade maior de medicamentos suficiente, por exemplo, para um mês. “A gente não tem hoje um estoque de emergência capaz de colocar 30 dias em nenhum lugar. É assim que a gente tem que ir empurrando no momento. Chegar a um equilíbrio no mercado”, alegou. “Se for faltar vai chegar. Mas peço desde já que todos se unam e a gente empurre esse ponto o mais longe possível”, disse.

O anúncio foi feito após reunião no Palácio Iguaçu, em Curitiba da qual participou o governador Ratinho Junior (PSD), o prefeito Rafael Greca (DEM), Beto Preto, e a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak. Preto disse que o estoque desse tipo de medicamento que era para durar seis meses foi consumido em 35 dias. “Houve aumento de 500% na demanda”, explicou.

Ontem, o Paraná registrou 2.366 novas confirmações e 71 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O número de óbitos confirmados é recorde desde o início da doença no Estado. Antes, o recorde era de 58 mortes confirmadas em um único dia na terça-feira passada. O Paraná soma agora 59.269 casos e 1.467 mortos em decorrência da doença.

Informações/Foto: Bem Paraná