Segundo conversa exclusiva com o D’Ponta News, Caputo afirmou que já esteve no Instituto Butantan, parceiro do Laboratório chinês Sinovac, o qual produz a ‘CoronaVac’. Ele ainda irá visitar o Laboratório Pfizer na tarde desta sexta-feira (27), e pretende, na próxima semana, ir ao Rio de Janeiro para visita técnica à Fiocruz, produtora de uma das vacinas em parceria com a AstraZeneca/Universidade de Oxford.

Com relação a visita feita no Instituto Butantan, Caputo explica que o próprio Instituto gostaria que as todas doses fossem parte do ‘Programa Nacional de Imunizações’, do Ministério da Saúde, que é quem compra a vacina e distribui para os Estados. “Eles não tiveram resposta sobre isso, por questões políticas, mas a ideia inicial era essa”, explica. Ainda sobre a questão, o parlamentar detalha que o ideal era mesmo a compra por parte do Ministério. “Para nós, do Paraná, era muito melhor que o Ministério da Saúde comprasse as vacinas, independente da qual for, a que tivesse registrada, e fosse eficaz”, complementa.

Já sobre a vacina da AstraZeneca/Oxford, o deputado relata que, embora haja eficácia comprovada até o momento, essa vacina tem um problema sério com relação a armazenamento. “A vacina da AstraZeneca é armazenada em geladeiras próprias para isso, porém, na temperatura de -70 graus, sendo que no Paraná essas geladeiras chegam a no máximo -6 graus”, diz.

Produção no Paraná

O Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) também está produzindo uma vacina contra o coronavírus e pretende testar 7 mil pessoas. Porém, o Instituto aguarda ainda algumas definições do Fundo de Investimento Direto da Rússia no Brasil sobre ações de cooperação. “O teste do Tecpar com essas 7 mil pessoas, segundo fomos informados, sairá somente no ano que vem”, disse.

Conforme o deputado, que também é profissional da saúde e possui experiência na vida pública há quase 40 anos, cada dose da vacina custa $ 10 dólares. “Para imunizar uma pessoa gastariam $20 dólares, já que toda vacina é necessária tomá-la em duas doses”, relata.

Falta de seringas e agulhas

Caputo ainda revela uma informação exclusiva sobre questões técnicas da saúde no Paraná, que segundo ele, será abordado e explorado por ele na volta da viagem. “Um problema que nós temos no Paraná é a questão de seringas e agulhas, não temos em quantidade suficiente. Esse tema até será abordado por mim na sequência. Não podemos ficar para trás, pois tem países, como a Argentina, por exemplo e alguns Estados do nosso país que já estão bem avançados nessa questão de prevenção e até de futuras vacinações de combate à COVID-19”, informa.

Por fim, o deputado ainda faz um relato sobre as diversas discussões acerca das vacinas em produção. “Não importa de onde venham as vacinas, desde que sejam eficazes. Muita gente reclama da ‘vacina ser da China’, mas tem que levar em conta que todos os institutos que estão na produção das vacinas são órgãos sérios e estão envolvidos nessa questão também por negócio”, conclui.

Por Matheus Fanchin/Foto: ALEP.