“A riqueza dos anos”. Este é o tema do primeiro Congresso Internacional da Pessoa Idosa iniciado nesta quarta-feira, 29, na Itália. Já em Roma para participar do evento, a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Tortelli, afirma que a iniciativa é uma forma de despertar a sociedade para um olhar de compreensão para com os que se empenharam uma vida toda na construção da história e dos valores. “Devem ser respeitados como guardiões da memória”, frisou.

Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco enfatiza o papel dos idosos na transmissão da fé, no diálogo com os jovens e na conservação das raízes dos povos. Para Irmã Terezinha, não reconhecer o valor da pessoa idosa é arrancar as raízes da humanidade. “Uma sociedade que não valoriza seus idosos, ou seja, que não valoriza a história e a memória, não terá futuro”, advertiu.

Apesar de ser um processo natural da vida, envelhecer em uma sociedade onde se valoriza demais a juventude, é um desafio, afirma a psicóloga Marcela Mendes Sfair Fortes. Segundo Marcela, até pouco tempo o envelhecimento era sinônimo de doença. “Hoje sabemos que é possível sim envelhecer com saúde. As doenças que enfrentamos quando envelhecemos são resultados de escolhas de estilo de vida que fazemos durante a nossa juventude. Assim, as maneiras de se alcançar a longevidade com saúde estão ao nosso alcance”.

O prolongamento da expectativa de vida e do envelhecimento da população também já foi tema de um dos discursos do Papa. Sobre este fato, Francisco afirmou: “até a espiritualidade cristã foi tomada um pouco de surpresa”. O Pontífice pede uma reflexão eclesial sobre o que ele chamou de bênção de uma vida-longa. “Sejam protagonistas e não guardem os remos no barco porque a velhice também deve ser momento para renovar-se”, afirmou.

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