Não temos dados sobre a origem exata do queijo, uma lenda nos traz informações de que o queijo existe a mais de 6.000 anos e foi descoberto por árabes que em uma viagem levaram leite para saciar a sede, certo tempo depois quando foram consumir notaram que o leite se dividiu em duas partes, uma mais sólida e outra líquida, enfim, atualmente são muitos tipos de queijos produzidos no mundo: temos os  franceses, ingleses, holandeses, suíços, italianos e brasileiros.

Segundo o último Censo Agropecuário realizado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há no Brasil aproximadamente 175 mil produtores de queijo, sendo mais de 140 mil agricultores familiares, que juntos produzem cerca de 220 toneladas anualmente.  Mais de 30 mil pequenos produtores de queijo se encontram no estado de Minas Gerais, sendo que os queijos produzidos nas regiões da Canastra e do Serro foram registrados nos Livros de Saberes do Iphan como patrimônio imaterial por seu valor histórico e cultural.

O Brasil possui 04 Indicações Geográficas:

– Queijo da Canastra (MG)

– Queijo Minas Artesanal do Serro (MG)

– Queijo Artesanal Serrano de Campos de Cima da Serra (SC e RS)

– Queijo da Colônia de Witmarsum (PR)

 

Sugestões de Harmonização

Queijos são ricos em proteínas e são os alimentos mais tradicionais na harmonização com vinhos, em uma atividade gastronômica de queijos e vinhos a porção recomendada por pessoa é de 150g, além dos queijos, também pode ser acrescentado outros aperitivos como é feito na tábua de frios que levam castanhas, a linha da charcutaria, torradas, grissinis e outros.

Alguns queijos têm certo teor de gordura, são untuosos e salgados e essa sensação pode ser equilibrada com a acidez presente no vinho, proporcionando uma sensação agradável no paladar, sendo esse, portanto, o objetivo principal da harmonização. Cada queijo possui suas características e abaixo trago algumas sugestões de harmonização:

  • Queijo Coalho (Nordeste): são apropriados para harmonizar com vinhos brancos leves, frutados e frescos, por exemplo os elaborados com a uva garnacha branca.
  • Queijo Manteiga (Nordeste): podemos harmonizar com vinhos brancos de alta acidez como um riesling francês.
  • Canastra (Minas Gerais): harmonizam com vinhos tintos de mais personalidade e taninos firmes, é possível inclusive fazer harmonização regional com vinhos tintos produzidos em Minas Gerais ou com rótulos feitos com as uvas cabernet franc e touriga nacional.
  • Colonial (Sul): combinam com vinhos tintos frutados de taninos macios como os franceses Beaujolais.
  • Tulha: é um queijo firme como o parmesão, um chardonnay encorpado e estruturado até com passagem em barrica é perfeito para sua harmonização.
  • Azul do bosque : queijo feito com leite de cabra e mofo azul que harmoniza com vinhos elaborados com a uva viognier.
  • Dalagoa ou Parmesão: são queijos maturados de sabor picante e forte, harmoniza super bem com vinhos tintos de malbec e syrah.
  • Minas frescal: é delicado de consistência mole com certa umidade e leve acidez, fica muito apropriado com vinhos verdes portugueses.
  • Queijo do Marajó: produzido no Pará e feito com leite de búfala, é um queijo cremoso e harmoniza com vinhos que possuem alto teor de acidez, por exemplo um bom espumante brut.
  • Queijo Minas meia-cura: este queijo possui consistência seca e harmoniza bem com vinhos da uva merlot.

Importante também é prevalecer o gosto pessoal de cada paladar, porém, as recomendações auxiliam a realizar combinações mais adequadas e satisfatórias na harmonização.

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