O evento contou com a presença do reitor Miguel Sanches Neto e da diretora de assuntos culturais Sandra Borsoi no Cine-Teatro Pax. Em sua fala, Sanches parabenizou a equipe de organização, em especial a Pró-reitoria de Extensão (Proex), e deu as boas-vindas ao ator convidado. “Gostaria de agradecer ao Luís Melo, um ator extremamente importante que representa o Paraná dentro da teledramaturgia brasileira, por participar desta conversa sobre o teatro. A nossa intenção era recebê-lo com a casa cheia, no formato tradicional do nosso Festival, mas a pandemia nos impôs essa limitação. Toda a nossa estrutura universitária entende a importância do trabalho que você vem fazendo na área de teatro e da teledramaturgia, pensando a cultura como uma oportunidade de transformar a vida ao redor das pessoas”.

O reitor também ressaltou a excepcionalidade desta edição do Festival. “Esse novo formato alternativo nos permitiu garantir a segurança das pessoas, a não proliferação do vírus, além do cumprimento de todas as medidas de biossegurança necessárias nesse momento. Estamos vivendo hoje uma nova realidade do decreto da Secretaria da Saúde que cria mais restrições à aglomeração, o que só vem a confirmar o acerto do formato que nós escolhemos para este Festival. É uma honra encerrar o 48° Fenata e, ainda que neste modelo imposto pela pandemia, cumprir a missão de fomentar a cultura na região”, afirma.

O ator e dramaturgo Luís Melo participou de mesa redonda com os curadores do Festival, em que foi debatida a cena teatral brasileira. “O Fenata é um dos festivais mais importantes do país, e participar dele é uma grande honra, pois já passaram por ele grandes nomes e grandes grupos da dramaturgia”, reflete Melo. “É muito importante que o teatro permaneça registrando e pesquisando suas iniciativas e suas tentativas, mesmo que sejam censuradas ou limitadas”, aponta o ator ao reforçar a necessidade de incentivar a produção dramatúrgica textual.

A diretora de assuntos culturais da Proex e coordenadora do Festival, Sandra Borsoi, aproveitou a oportunidade para agradecer a todos os agentes culturais envolvidos na organização do Festival e falou sobre o momento atual. “Chegamos ao final do 48° Fenata, edição marcada pela pandemia, pelas mídias e repercussões sociais e chamamos atenção para a saúde e preservação das vidas. Se não estivéssemos em meio a uma pandemia, que ceifou milhares de vidas, o nosso Fenata seria tradicionalmente movimentando por milhares de pessoas. Entendemos que arte é vida, que o nosso Fenata é vida, mas sem vida não temos teatro e não temos arte”.

Borsoi falou também sobre a escolha do formato. “O nosso Fenata falou da dramaturgia, retornou às origens. A ação dramatúrgica, que antecede os palcos, que traz o texto representativo de contextos, de cenários e de experiências vividas nos mais sombrios dramas que a nossa sociedade vive. A nossa missão é contribuir com essas comunidades de crescimento pessoal e social para todas e todos, em qualquer lugar que possamos chegar. Hoje podemos dizer que, mesmo em tempos de pandemia, com os problemas que tivemos que enfrentar juntos, dia após dia, nossa missão está cumprida!”, expressa Borsoi.

O Fenata é o Festival de teatro ininterrupto mais antigo do Brasil e em sua 48º edição tem o subtítulo “A cena dramatúrgica brasileira”. Organizado pela Divisão de Assuntos Culturais da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX) e pela Fundação de Apoio à UEPG (FAUEPG), o festival é apresentado pelo Ministério do Turismo através da Lei de Incentivo à Cultura – Pronac, conta com apoio das Lojas MM e patrocínio da GMAD e Sanepar, através do Programa Paraná Cultural.

O evento foi transmitido ao vivo do Cine-Teatro Pax, através das redes da UEPG, numa parceria entre a Coordenadoria de Comunicação da UEPG e Núcleo de Tecnologia da Informação. O cerimonial cumpriu todos os protocolos de biossegurança em prevenção à pandemia da Covid-19.

Da assessoria/Foto: Luciane Navarro.