Sua sede, o exuberante casarão branco foi erguido um pouco depois, no início do século XIX e serviu como a residência da família do Tenente Manoel José de Araújo, responsável pela doação das terras para a criação da paróquia e Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Palmeira.
Na época, o Tropeirismo vivia seu auge e a fazenda estava no coração desse processo. A família Araújo comandava a região e a criação de gado bovino e de mulas era a principal atividade desenvolvida ali. Na rota das tropas que vinham dos pampas gaúchos e seguiam até as feiras em Sorocaba, a fazenda serviu como base e lugar de pouso para os milhares que ali buscavam pernoite.
Conhecer e apreciar o casarão significa também adentrar num espaço de memória do Paraná e também do Brasil, pois a formação do Paraná Tradicional e dos Campos Gerais não pode ser compreendida senão junto ao Tropeirismo, suas fazendas e sesmarias e o próprio movimento das tropas só é plenamente entendível se colocado sob o contexto de uma economia maior e mais abrangente, ligada à economia geral da América Portuguesa.
Portanto, o casarão está ligado à Palmeira desde seu início, e do alto da serra, vem acompanhando, praticamente velando, pelo crescimento da cidade nesses mais de 200 anos.