A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, reconheceu ao deputado Zeca Dirceu (PT) que Foz do Iguaçu merece tratamento especial do governo federal no enfrentamento da epidemia de dengue e do alerta da introdução do chikungunya. “A rede pública de saúde municipal tem um impacto muito grande porque atende não só Foz do Iguaçu como também os brasileiros, paraguaios e argentinos que moram nas cidades da fronteira”, disse Zeca Dirceu que entregou à ministra um ofício assinado pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) e pela secretária de Saúde, Rose Meri da Rosa, com as demandas mais urgentes na área.

“Foz do Iguaçu, historicamente, tem essa defasagem de repasses para saúde já que atende uma população estimada em um milhão de pessoas das cinco cidades de fronteira, além dos moradores dos oito municípios próximos. O município já decretou a situação de emergência, a condição para receber apoio e recursos extras”, completa Zeca Dirceu.

No ofício encaminhado à ministra, o prefeito explica o mosquito Aedes aegypti circula com uma dinâmica de dispersão bem acentuada em Foz e da mesma maneira, no Departamento de Alto Paraná no Paraguai que faz fronteira com a cidade brasileira. O informe epidemiológico paraguaio aponta 30.156 notificações da febre do chikungunya e de dengue, sendo que 68% dos casos se concentram na zona de fronteira.

“Foz do Iguaçu registrou 430 notificações da febre do chikungunya, 193 casos confirmados, 154 casos de não residentes. Em relação à dengue, de agosto até o momento, o município registrou 21.923 casos notificados e 1.476 casos confirmados e cinco óbitos”, afirmam no documento.

Apoio

De apoio do Ministério Fundamental, considerado fundamental, apresenta três pedidos: insumos para os kits-diagnósticos laboratoriais, um repasse extra teto para as escalas médicas, materiais e abertura de novos leitosnhospitalares no montante de R$ 10,6 milhões referentes a cinco meses (de fevereiro a junho) e a contratualização de novos leitos hospitalares na rede privada

Segundo o prefeito, a grande demanda de brasileiros e paraguaios infectados, a busca pelo atendimento de saúde, tanto nos equipamentos públicos, quanto nos ambientes hospitalares, traz o alerta para o iminente colapso na rede pública de saúde. “A taxa de ocupação hospitalar alcançou o limite máximo, o Hospital Municipal Padre Germano Lauck já informou a central de regulação do Estado, a incapacidade operacional, considerando a média diária de internamento hospitalar”.

Dos internamentos hospitalares, segundo o prefeito, 100 pacientes são registrados por dia: 22 pelo diagnóstico de dengue e 78 por outras especialidades clínicas. Há ainda um expressivo aumento de atendimentos de casos suspeitos, especialmente após o início da epidemia, em 27 de fevereiro, o que acarretou em uma sobrecarga, principalmente, nas Upas (unidades de pronto atendimento)”.

Resposta rápida

“Nos primeiros meses de 2023, 8.868 pacientes classificados como casos de dengue foram atendidos nas Upas, enquanto no mesmo período de 2022 esse número foi de 650 pacientes, o que representa um aumento de 1.364%. Todas as 29 unidades básicas de saúde do município atendem casos suspeitos da doença”.

Apesar da intervenção imediata por parte da prefeitura, diz Chico Brasileiro, se faz urgente respostas rápidas e apropriadas para minimizar o risco de importação e de transmissão na região para garantir a manutenção da ordem social, bem como a saúde pública e evitar o aumento dos casos graves da doença e inclusive óbitos.

“O cenário descrito reforça a necessidade de preparação de todas as esferas de governo para o enfrentamento da dengue e do vírus chikungunya. Para tanto, é fundamental, neste momento, o apoio do Ministério da Saúde”, completa.

da assessoria