Na manhã desta sexta-feira (9) a Viação Campos Gerais voltou a operar com 50% da frota em Ponta Grossa. Em nota enviada aos funcionários, a empresa afirma que entrou com uma ação judicial contra a Prefeitura e a AMTT para exigir respostas aos diversos requerimentos oficializados desde o início da pandemia.

“Desde o início da pandemia, o Município vem se esquivando de suas responsabilidades, não apresentando nenhuma resposta às solicitações protocoladas formalmente, ou qualquer estudo para efetiva solução da enorme defasagem entre o serviço exigido da Concessionária e a brutal redução da receita do sistema com a queda evidente e acentuada do número de passageiros”, diz a empresa na nota.

No comunicado a VCG se solidariza com os colaboradores e afirma que fará “todos os esforços no sentido de adimplir as parcelas em aberto o mais breve possível, conforme forem sendo aferidas receitas pela operação”.

A empresa ainda se manifesta a respeito da Prefeitura, afirmando que é “muito grave” o Município não oferecer nenhuma solução para o problema que o Transporte Coletivo vem passando na cidade. “Vale lembrar que é de fato, o Poder Concedente, responsável pela gestão do sistema, cabendo a VCG apenas a operação conforme parâmetros estabelecidos pelo contratante dos serviços. Esperamos que a Justiça possa, agora, vir a determinar que o Município cumpra com seu papel de estudar a situação e apresentar alternativas que possam fazer o Sistema de Transporte Coletivo voltar a operar imediatamente”, finaliza o comunicado.

Confira a nota na íntegra:

Informamos a todos que há pouco, a Viação Campos Gerais ajuizou uma ação judicial contra a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte, no sentido tanto de exigir respostas aos diversos requerimentos oficializados à Prefeitura desde o início da pandemia, quanto de solicitar providências que permitam que seja normalizado o serviço de Transporte Coletivo.

Afinal, desde o início da pandemia, o Município vem se esquivando de suas responsabilidades, não apresentando nenhuma resposta às solicitações protocoladas formalmente, ou qualquer estudo para efetiva solução da enorme defasagem entre o serviço exigido da Concessionária e a brutal redução da receita do sistema com a queda evidente e acentuada do número de passageiros.

Sem que a Prefeitura tenha realizado qualquer estudo em vista a todas as informações repassadas desde março de 2020 pela VCG, mês a mês, ajustes mais acentuados oferta do serviço ou reequilíbrios financeiros, o caos hoje vivido no Sistema de Transporte Coletivo de Ponta Grossa se tornou inevitável e improrrogável.

Sentimos profundamente pela gravidade da situação vivida por vocês em suas vidas pessoais pela falta do pagamento dos salários para o cumprimento dos seus compromissos. Mas infelizmente, a VCG nos últimos 12 meses realizou sozinha todo tipo de engenharia financeira para suportar os cerca de R$ 50 Milhões em prejuízos no período pandêmico, atingindo agora o limite máximo e insustentável.

Com o retorno de uma frota mínima a partir de hoje, faremos todos os esforços no sentido de adimplir as parcelas em aberto o mais breve possível, conforme forem sendo aferidas receitas pela operação.

De outro lado, é muito grave o fato de o Município não trazer nenhuma forma de solução ao problema, omitindo-se, e deixando o Sistema de Transporte Coletivo absolutamente desequilibrado, e por consequência trazendo prejuízos pessoais a vocês, aos fornecedores e a população de forma geral que continua sem qualquer acesso ao direito fundamental de mobilidade urbana, previsto em nossa Constituição Federal.

Vale lembrar que é de fato, o Poder Concedente, responsável pela gestão do sistema, cabendo a VCG apenas a operação conforme parâmetros estabelecidos pelo contratante dos serviços. Esperamos que a Justiça possa, agora, vir a determinar que o Município cumpra com seu papel de estudar a situação e apresentar alternativas que possam fazer o Sistema de Transporte Coletivo voltar a operar imediatamente.

Informações\imagem