Um soldado brasileiro lutando pelo exército da Ucrânia foi morto em combate com as forças russas. A vítima é o paranaense Antônio Hashitani, de 24 anos. Natural de Curitiba, ele se voluntariou para atuar na guerra e combatia na região da cidade de Bakhmut, a linha de frente mais sangrenta da guerra no momento. Trata-se do quarto combatente brasileiro morto na guerra desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

A morte ocorreu no dia 2 de agosto, porém veio a público somente no último fim de semana. Antônio era estudante de Medicina na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Nas redes sociais, o Centro Acadêmico de Medicina Mário de Abreu lamentou “profundamente o falecimento de Antônio Hashitani, acadêmico de medicina da PUCPR, enquanto combatia voluntariamente na Ucrânia. Neste momento de tristeza, o CAMMA-PUCPR presta condolências e deixa os mais sinceros pêsames a todos os familiares e amigos de nosso colega”, diz.

O Diretório Central dos Estudantes da PUCPR, que representa todos os acadêmicos da PUCPR, também se manifestou. “Que a dor deste momento seja breve e a lembrança de quem partiu seja eterna. Nossa solidariedade e condolências para a família do nosso acadêmico nesse momento difícil de luto”, afirma.

Uma amiga também prestou homenagens à vítima. “Antônio não se contentava nunca, queria mais e mais. Faltando pouco tempo pra terminar sua faculdade de medicina, Antônio largou tudo e foi pra África fazer voluntariado. Mas com a sua teimosia, decidiu que precisava ir além então foi pra Ucrânia se voluntariar na guerra. A última imagem foi a última mensagem que recebi dele. Não, Antônio, não tivemos todo o tempo do mundo e nem nos veremos mais, meu amigo. Porque você não ficou quietinho e entendeu que sua existência bastava pro bem da humanidade? Ontem recebi a notícia da morte do Antônio e como doeu! Eu só posso esperar que você esteja num bom lugar e com a sensação de missão cumprida como dizia”, compartilhou.

De acordo com a CNN, o processo de traslado e pagamento de indenizações é responsabilidade do governo ucraniano, que normalmente crema os corpos dos combatentes e envia as cinzas para as famílias.

Estrangeiros de vários países estão lutando pela Ucrânia no conflito. Os próprios combatentes estimam que entre 30 e 40 brasileiros tenham se alistado nas forças armadas ucranianas.

Foto: Reprodução

Com informações da CNN