Entre os dias 5 de março e 3 de abril, ficou aberta a chama “janela eleitoral” para que ocupantes de cargos eletivos pudessem mudar a filiação partidário sem riscos de sanções, como a perda de mandatos por infidelidade partidária, por exemplo. Desta forma, em Palmeira alguns vereadores aproveitaram a oportunidade para deixar os partidos aos quais estavam filiados para se abrigar em legendas que acreditam ser mais alinhadas a suas ideias ou mais favoráveis a uma reeleição no dia 4 de outubro. Dos nove vereadores do município, nada mais que seis – a maioria absoluta – fez a mudança de partido.

Sem grandes surpresas e já há algum tempo anunciando que não permaneceria no partido pelo qual foi eleito em 2016, o vereador João Savi deixou o PDT e filiou-se ao PSD. Ele já vinha demonstrando seu alinhamento com o vereador Denis Sanson na Câmara Municipal, votando em projetos de lei e outras matérias segundo a orientação do colega de parlamento.

Os vereadores Gilmar Costa e Rogério Czelusniak não tiveram o mesmo destino partidário na janela eleitoral, mas rumaram para o mesmo grupo político. Costa trocou o PSL pelo Patriota e Czelusniak deixou o PTB para se filiar no PMB. Com os dois e mais João Savi e Denis Sanson, o grupo agora passa a ter uma representação maior na Câmara Municipal, com quatro vereadores, alterando a correlação de forças políticas no Legislativo, além de fortalecer a pré-candidatura de Sanson para a Prefeitura de Palmeira

A grande surpresa nas mudanças de partido ficou por conta do vereador Pastor Anselmo. A princípio sem cogitação de deixar o Progressistas, partido pelo qual foi eleito em 2016, o ex-presidente da Câmara Municipal acabou optando por filiar-se ao Democratas. A nova sigla do vereador tem pré-candidato a prefeito, o ex-vereador Sérgio Belich. Com isto, a mudança de Pastor Anselmo indica, ainda, um possível afastamento do grupo que tem o prefeito Edir Havrechaki (PSC) como principal liderança e que vai apoiar a candidatura a prefeito do também vereador Marcos Ribas (PSDB).

Outra mudança que causou surpresa foi a troca feita pelo atual presidente da Câmara Municipal, vereador Domingos Everaldo Kuhn, que deixou o PSC para se filiar ao PSDB. No entanto, a troca foi apenas de legenda, visto que permanece no grupo de apoio à administração municipal. Além do que, volta para o partido ao qual já foi filiado e, de quebra, leva para reforçar a chapa o vereador Arildo Zaleski, que também deixou o PSC. Os dois vereadores foram eleitos pelo PSC em 2016.

Permanência

Obviamente, quem não passou pela janela eleitoral acabou ficando onde estava. Assim, ficam confirmadas as permanências dos demais vereadores nos partidos pelos quais foram eleitos em 2016 ou nos quais já estavam filiados até o último dia 3. São os casos de João Alberto Gaiola, que fica no mesmo partido pelo qual foi eleito em 2016, o PDT; de Denis Sanson, que permanece no PSD, onde ingressou em dezembro do ano passado ao sair da Democracia Cristã, partido pelo qual foi eleito em 2016; e de Marcos Ribas, que também ficou no partido pelo qual se elegeu na última eleição municipal, o PSDB.

Por Leia A Folha