O Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) participou na última
semana de debate sobre Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Junto com a 21ª Regional de
Saúde e o Conselho das Secretarias Municipais (Cosems), gestores pretendem realizar um
diagnóstico dos tratamentos e organizar as filas de pacientes que se encontram nos diversos
sistemas de informações. “Nosso intuito é o de realizar uma análise situacional do TFD em
nossa região”, esclareceu o apoiador regional do Cosems, Francisco Leonidas Carneiro Junior,
destacando que, na ocasião, foi realizada uma apresentação sobre a legislação, o uso de
sistemas do Estado, além dos recursos do Plano Regional Integrado (PRI), Ficha de
Programação Orçamentária (FPO) e Qualicis.
Conforme o chefe da 21ª Regional de Saúde, Roberto Amatuzzi, os atores de saúde estão,
juntos, tentando otimizar a regulação das vagas e qualificar os locais de atendimento, para que
estes sejam mais resolutivos. “Estamos nos aproximando dos municípios para promover esta
qualificação”, ressalta, falando da proposta do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A importância de potencializar a utilização dos recursos vinculados e desonerar os municípios
foi apresentada pelo CimSaúde. “O Consórcio apresentou a disponibilidade dos serviços
ofertados através de recursos vinculados da FPO e do PRI, além dos serviços que os
municípios podem utilizar com a utilização de recursos próprios”, explicou a diretora, Pâmella
Costa.
Para realizar este diagnóstico, foi apresentado aos gestores um questionário que pretende
identificar as fragilidades e necessidades para a organização da Rede de Atenção à Saúde
com relação à Atenção Especializada Regional. Conforme a diretora do CimSaúde, com o
diagnóstico será possível gerar uma série histórica. “Assim, futuramente, poderemos realizar o
pleito de aumento do teto de recursos vinculados”, avalia.
As diversas Linhas de Cuidado à Saúde do Qualicis também foram abordadas durante o
encontro. “Exemplificamos sobre os pacientes que devem ser encaminhados para cada Linha”,
contou Pâmella, ressaltando que o Consórcio vêm, nos últimos anos, trabalhando mais perto
dos municípios consorciados. “Nós objetivamos atender as demandas reprimidas através da
oferta de serviços disponibilizados”, aponta.
Além do atendimento das Linhas de Cuidado nos Ambulatórios Médicos de Especialidades, a
21ª Regional pretende levar a “nova lógica de estratificação de risco proposta pelo Qualicis”
para outras especialidades. “Com a estratificação conseguimos priorizar aqueles pacientes
mais vulneráveis”, esclarece, testando que há proposta de projeto piloto junto à Estratégia
Saúde da Família.