As investigações da Polícia Federal, realizadas no âmbito da operação Escalada Cibernética, resultaram em condenação do principal suspeito pelo ataque hacker, a uma pena de nove anos de prisão, pela prática dos crimes de invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público.
A sentença condenatória foi expedida pelo Juízo da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em dezembro de 2021, contudo o criminoso permaneceu foragido desde maio de 2021, data do desencadeamento da operação da PF.
O homem preso na manhã de hoje foi responsável por promover um ataque cibernético ao sistema PJe do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, invadindo esse sistema com o propósito de alterar documentos eletrônicos de assinatura de agentes públicos para a obtenção de vantagens pessoais.
O hacker, após invasão ao sistema de processos judiciais eletrônicos, falsificou pareceres do Ministério Público Federal em seis processos que tramitavam no TRF3, nos quais ele mesmo era o réu, alterando as manifestações dos procuradores com sugestão de absolvição ao invés da condenação originalmente proposta.
A investigação da Polícia Federal foi aberta depois que dois magistrados da Justiça Federal em São Paulo detectaram alterações em documentos, com uso fraudulento de suas assinaturas digitais. O hacker falsificou assinaturas eletrônicas de juízes, servidores da justiça e membros do Ministério Público Federal e alterou documentos em pelo menos oito processos, sendo dois cíveis e seis criminais. O objetivo, além da autoabsolvição criminal, seria a liberação e a consequente apropriação de valores pendentes em ações judiciais para contas controladas pelo próprio criminoso.
O hacker era também procurado internacionalmente, devido a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol. Participaram da ação deste domingo cerca de vinte policiais federais.
Foto: Agência Brasil
da Polícia Federal
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