Diante do longo período de distanciamento social e as crescentes queixas de ansiedade por parte dos brasileiros, duas pesquisadoras do curso de psicologia da Universidade Positivo de Curitiba, Daniela Belisario Scheffer e Sarah Carolina Amorim de Lima, decidiram fazer um estudo sobre como este período está afetando a população no Brasil. “A gente percebeu que não existem estudos brasileiros a respeito desse tema publicados, até por ser muito recente”, conta Daniela.

Para as pesquisadoras, o fato da ‘quarentena’ durar mais do que inicialmente planejado no Brasil tornou esse estudo de fundamental importância. “teve aquele movimento de abertura, daí teve que fechar porque aumentaram os casos. Então é importante a gente ter uma noção de como isso está afetando todo mundo, porque a gente sabe que estamos enfrentando problemas econômicos, políticos. Mas na nossa alçada, da psicologia, o que a gente pode fazer é verificar essa questão psicológica”, explica Sarah.

O estudo das pesquisadoras se baseia em pesquisas principalmente chinesas, onde já foram realizadas observações semelhantes. “Como foi uma leva vinda do oriente para cá, o pessoal lá da Europa já está acabando a quarentena, eles estão em um processo diferente. Foi muito bom para a gente ter analisados esses estudos porque pudemos perceber algumas coisas que ainda estão por vir”, afirma Sarah.

Daniela conta que estudos chineses mostram impactos psicológicos da ansiedade até seis meses depois da quarentena. “É importante a gente entender o que está acontecendo para que as ações de intervenção não demorem. Tem estudos que mostram que quanto mais tempo as intervenções levam para acontecer, maiores são os impactos psicológicos sofridos pela população”, complementa.

As pesquisadores se mostram empolgadas com a participação popular no estudo. “Lançamos a coleta de dados no dia 16 de junho e já conseguimos atingir muita gente”, conta Sarah. Ela lembra ainda que a pesquisa será feita em dois momentos, durante o distanciamento social e pós-distanciamento. A previsão é que os resultados do estudo sejam publicados até o final de 2020.

Pesquisa

Você pode acessar e participar da pesquisa clicando aqui.

Qualquer brasileiro acima de 18 anos e que esteja no Brasil pode participar. Ela tem foco na avaliação da alteração dos sintomas de ansiedade durante e após um período maior de 15 dias de distanciamento social motivada pela pandemia de COVID-19.

A pesquisa é ANÔNIMA e possui apenas propósitos de contribuição para a produção de conhecimento científico.

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