Na quarta-feira (21), Bolsonaro esvaziou um acordo anunciado na véspera por seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, em desenvolvimento pela chinesa Sinovac com o Instituto do Butantan, ligado ao governo paulista.

“Não será comprada”, escreveu Bolsonaro em letras maiúsculas em uma rede social. Em seguida, passou a se referir ao imunizante como “vacina chinesa do João Doria” -em referência ao governador de São Paulo, de quem é adversário político e à frente dos acordos para oferta da vacina.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a taxa de vacinação no Brasil tem caído nos últimos anos. Em 2019, depois de 20 anos, o país não bateu nenhuma meta de imunização das principais vacinas indicadas para crianças de até um ano de idade. Além disso, já existem leis que tornam a vacinação obrigatória em determinados casos.

O parágrafo primeiro do artigo 14 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.

Além disso, o artigo 3º da Lei 13.979, assinada pelo próprio presidente Bolsonaro em fevereiro, diz que “para enfrentamento da emergência de saúde pública (…), as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, a determinação de realização compulsória de vacinação ou outras medidas profiláticas”.

Com informações FolhaPress   imagem