Jocelito Canto (PSDB) afirmou que, após o indeferimento pelo TRE-PR, sua candidatura vai para uma nova fase – o recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), desta sexta (23).

“Vou buscar o recurso, tenho direito a esse recurso. Meu nome já está na urna, porque a urna já está lacrada, as pessoas poderão votar em mim e é evidente que vou buscar esse recurso em Brasília”, diz.

Jocelito afirma que também deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Meu caso é do Supremo, meu caso não é só de Justiça Eleitoral”, dispara.

O ex-prefeito e ex-deputado estadual critica o fato de terem sido permitidas as candidaturas de Eduardo Cunha e Lula, enquanto ele tem sua candidatura indeferida por ter usado um policial militar para sua segurança pessoal durante seu mandato de prefeito, no final dos anos 1990. Segundo Jocelito, que declara nunca ter tido segurança particular antes, passou a ter por recomendação do então presidente da Assembleia Legislativa, Aníbal Khury (1924-1999), que teria dito que devia colocar um policial para andar ao lado dele, porque andava muito pelos bairros.

“O Aníbal colocou um policial e o escolhido foi o Tadeu. O policial não estava à disposição do Jocelito, em particular. O policial estava à disposição do prefeito”, justifica.

Jocelito relembra o episódio do desfile de 15 de setembro de 2000, em que chovia torrencialmente e ele não cancelou nem adiou as comemorações e decidiu descer do palanque, para ficar na chuva em meio ao povo. Vale citar que, na ocasião, Jocelito concorria à reeleição para prefeito.

“Evidente que não aconteceu comigo, graças a Deus, mas vimos de uma eleição em que o Bolsonaro tomou uma facada. O Jocelito andava em tudo que é canto, não tinha responsabilidade e não se preocupava com o povo. É por esse motivo que fizeram uma ação contra mim, porque o policial, que estava à disposição da Assembleia, passou para a Prefeitura”, argumenta.

O ex-prefeito diz que não ordenou a vinda do policial e reconhece que o servidor púbico participou de muitos eventos da Prefeitura, onde o acompanhou porque ele era o prefeito da cidade. “Ele não fazia segurança particular para mim. Nunca fez, em momento nenhum. Aliás, nunca precisei de segurança”, refuta.

Jocelito lamenta a ação que o acusa de ter praticado dano ao erário e enriquecimento ilícito por fazer uso do policial militar para segurança particular. Ele afirma, ainda, que Péricles Holleben de Mello, que o sucedeu na Prefeitura, também tinha um policial militar à sua disposição e não sofreu nenhuma ação. “O Marcelo Rangel, tem aquele rapaz que trabalha na Prefeitura, o Ricardo, que andou com o Marcelo para cima e para baixo, agora, enquanto ele era secretário especial de governo, à disposição dele, andando com ele, armado, inclusive e não deu nada”, reclama.

“Aí agora o Sandro Alex entra na Justiça contra mim, o Ministério Público não havia feito impugnação da minha candidatura. O Sandro Alex, às 23h41, do último dia, faz ação contra mim e diz que estou inelegível por causa do Tadeu. E aí começam as articulações políticas, porque o Tribunal [Regional Eleitoral] é uma questão política”, dispara.

D’Ponta News