O Mercado da Família tem sido uma opção para as famílias de baixa renda realizarem compra de produtos alimentícios e de limpeza neste período de pandemia do novo coronavírus. Com mercadorias vendidas 30% mais baratas do que em lojas convencionais, de março a junho deste ano, as quatro unidades pertencentes ao programa registraram aumento de atendimentos comparado ao mesmo período de 2019. Em 2020, até o dia 24 de junho, o número de atendimentos realizados foi 11.646. Em 2019, esse mesmo índice era de 10.995. A taxa de crescimento ficou em 5,9% e mais 108 novos cadastros foram feitos durante os meses analisados, conforme os dados da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA), responsável por gerenciar o programa.

Sem ocupação formal no momento, Lindamira Pereira, é uma das clientes do Mercado da Família, na unidade do centro. A mulher é uma das que encontrou no programa uma forma de gastar menos durante a pandemia e conseguir alimentar sua família. “Eu moro com mais quatro pessoas. Sempre que posso vou ao Mercado porque encontro os preços mais baratos e consigo os itens que são mais necessários para a minha casa. Essa oportunidade faz com que eu diminua os meus gastos em outros mercados”, destaca Lindamira, que possui cadastro no Mercado da Família há cinco anos.

Márcia Lemos, que também está sem ocupação formal no momento, é cliente do Mercado da Família desde que o programa começou a funcionar. Foi em uma das lojas que a mulher conseguiu encontrar uma maneira de retenção de gastos. “No Mercado da Família eu encontro bolachas, macarrão e produtos de limpeza a preços acessíveis e para minha família compensa por conta da variedade também”, cita Márcia.

Para estabelecer os preços dos produtos do Mercado da Família, a equipe da SMAPA faz uma pesquisa de campo nos comércios da cidade e compara os preços no aplicativo ‘Nota Paraná’, para verificar os valores e poder estabelecer qual seria o mais acessível para o cidadão.

Durante esta última semana de junho, representantes da SMAPA reuniram-se com os gerentes e sub-gerentes das quatro unidades do Mercado da Família para realizar uma análise dos pontos positivos, negativos, oportunidades e ameaças que cercam o programa. De acordo com o secretário Bruno Costa, a intenção foi fazer um mapeamento para traçar estratégias a fim de melhorar o atendimento à população na cidade.

“A reunião foi proveitosa. Diante do crescimento dos atendimentos, avaliamos um quadro realista das unidades, através de uma análise SWOT, e a partir disso vamos propor melhorias ao longo do ano para otimizar ainda mais os nossos serviços oferecidos. Foi mais um treinamento técnico com os funcionários, para que consigamos atender melhor a população dentro do nosso contexto atual”, ressalta o secretário. Neste período de pandemia, para diminuir o risco de contágio da Covid-19, o Mercado da Família adotou medidas de prevenção, como a disponibilização de álcool em gel; a regulação da entrada de clientes, permitindo apenas os que estiverem com máscaras. Crianças e idosos estão proibidos de adentrar nas unidades como forma de segurança dos clientes e funcionários.

Cadastro:

Para participar do Mercado da Família é necessário ir em uma das quatro unidades e levar documentos de todos os integrantes da família, como RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de renda ou declaração de trabalho autônomo autenticada. O cadastro é permitido às famílias que possuem renda salarial de até 3 salários e meio. Assim que o cadastro for concluído, cada família tem o limite de gastos de R$ 788, por mês.

As unidades do Mercado da Família localizam-se no Centro, Parque Nossa Senhora das Graças, Maria Otília e Santa Paula. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 9h às 18h.

Informações/Foto: PMPG