Poucos dias depois do lançamento da nova coleção de camisas da seleção brasileira pela Nike em agosto, uma onda de postagens nas redes sociais chamava atenção para o fato de que uma série de palavras ligadas a religiões de matrizes africanas apareciam como “indisponíveis” no serviço de customização oferecido pela marca.

Internautas apontaram que, enquanto não se permitia que “Exu” e “Ogum” fossem inscritos nas costas da camisa, termos como “Jesus” e “Cristo”, por outro lado, estavam liberados.

 

 

Foi a discussão sobre possibilidade de a prática configurar discriminação religiosa que levou um funcionário público a enviar uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando que o órgão apurasse o caso.

Por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro, o MPF se reuniu com a Fisia, distribuidora da Nike no Brasil, e no último dia 11 de novembro firmou acordo com a empresa.