Em 2017, o Colégio Pontagrossense Sepam criou o “Projeto Literário Coletâneas Sepam”, que além de envolver todos os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, na produção e divulgação de textos de autoria própria, desperta o interesse pela leitura e pela prática da escrita para além das atividades curriculares. Antes mesmo desta iniciativa, o trabalho realizado pelo Colégio contribuiu para que ex-alunos e ex-professores seguissem pelo caminho da produção literária, tornando-se escritores com livros e textos publicados no Brasil e no exterior.

Marilena de Oliveira Almeida Santos, que estudou no Sepam de 1955 a 1958, lançou recentemente o livro “Memórias de Viagem”. A obra é baseada no diário de bordo do seu falecido esposo, Ely de Almeida Santos, um manuscrito sobre viagens do casal. Marilena considera preponderante o trabalho com obras literárias desde os primeiros anos escolares. “Todo o trabalho de incentivo à produção textual cria nos alunos um apreço pela arte literária. Devemos parabenizar o colégio por trazer projetos com este intuito aos alunos”, comenta.

Em 2018, Alexia Liz Narok Estevam, com apenas 16 anos, publicou seu primeiro livro: Pynian – O Começo do Fim, pela editora portuguesa Chiado Books. Na época, estudante do Ensino Médio no Sepam, a jovem escritora conta que sempre recebeu apoio dos professores, os quais ela procurava para conversar durante o processo de escrita das histórias.

Flávio Madalosso Vieira, filho do saudoso escritor Guaracy Paraná Vieira, é ex-aluno e ex-professor do Sepam. Hoje, com uma carreira literária de quase 29 anos, soma mais de oito mil crônicas publicadas. “A escola, e alguns professores em especial, fizeram com que eu desse vazão ao interesse para com a literatura e a prática da escrita. O Colégio Pontagrossense Sepam, na época Academia Pontagrossense de Comércio, me deu bases muito sólidas para a continuidade dos estudos”, relata Vieira que é professor universitário, integrante da Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG), da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes (APLA), do Centro Cultural Prof. Faris Michaele (CCPFM) e do Centro de Letras do Paraná (CLP).

A pesquisadora e escritora Luísa Cristina dos Santos Fontes também passou pelo Sepam. Doutora em Literatura, tem participação em dez livros, assina dezenas de outros textos publicados e ocupa a Cadeira 5 na ALCG. Luísa recorda-se de alguns professores da época de escola, que tinham afinidades literárias, resultando em fontes de motivação para os alunos. “A escola permitiu-me bem mais do que a simples aproximação. Foi possível compreender o fenômeno literário em sua totalidade. Assim, entre o ensino e a literatura, posso ficar com os dois! Acredito que toda pessoa que escreve bem, indiscutivelmente, leia bons autores e teve bons professores. É uma relação indissociável”, enaltece.

A historiadora, professora universitária, ocupante da Cadeira 36 da ALCG e ex-aluna Sepam, Aída Mansani Lavalle, também seguiu a área literária. Com um extenso currículo acadêmico, ela publicou diversas obras, muitas delas sobre os Campos Gerais, além das participações em antologias da ALCG.

Para o diretor do Sepam, Osni Mongruel Junior, é sempre motivo de orgulho ver os resultados do trabalho desenvolvido com seriedade e competência ao longo de mais de oitenta anos de história do colégio. “A produção textual de qualidade está intrínseca ao nosso trabalho. Não somente com o Projeto Literário, mas em todas as atividades de leitura e escrita conduzidas pelos professores. Por isso, apreciar a trajetória de alunos e professores de diferentes gerações com livros ou textos publicados é bastante motivador e reforça nosso ideal de formar cidadãos participativos, com alto poder de argumentação e escrita clara. Esperamos continuar lendo boas histórias contadas por nossos alunos e professores”, destaca.

da Assessoria