A Organização Não Governamental Doutores Palhaços – SOS Alegria realiza no último mês a Operação Nariz em Resgate, que visa a levar humanização para pessoas em estado de fragilidade emocional ocasionada por algum problema de saúde, ou mesmo como efeito da pandemia do novo coronavírus. Com muito bom humor e cumprindo as determinações de prevenção, os palhaços de transformam as ruas da cidade em corredores de hospital, levando conforto e alegria tanto para quem está em isolamento, como para quem está de passagem.

O nome do projeto, Operação Nariz em Resgate não começou em tempos de pandemia da covid-19, mas sim já era uma ação dos Doutores Palhaços em empresas da cidade e servia para falar sobre a importância do riso na vida das pessoas e da motivação no ambiente de trabalho. “Após consultoria técnica na área da enfermagem, avaliamos os riscos, porém concluímos que as ações não iriam interferir de maneira negativa quanto a motivar as pessoas a quebrarem o isolamento ou ir contra as recentes normas e recomendações da saúde”, explica a coordenadora artística da ONG, Micheli Vaz.

Ela conta que a organização lançou nas redes sociais há cerca de um mês a ação, se colocando à disposição da população e disponibilizando um contato via WhatsApp e se surpreenderam com a quantidade de solicitações de intervenções. “O projeto Operação Nariz em Resgate não é destinado apenas para pessoas enfermas, mas também para aqueles que, em virtude da pandemia, estão se sentindo sozinho, principalmente idosos que não podem se reunir com a família ou executar atividades que antes realizavam, bem como, outras pessoas com depressão ou com pensamento suicida. O objetivo da Operação é ajudar e ao mesmo tempo, não oferecer riscos aos voluntários”, aponta.

A indicação costuma ser feita por alguém da família, um amigo próximo ou pelas próprias pessoas em vulnerabilidade emocional e a condição da ONG é a pessoa estar em isolamento social. As equipes contam com uma dupla de palhaços voluntários, que vão em carros separados, e mais um membro de apoio. Todos usam máscaras e atuam costumeiramente da calçada em frente à residência. Até o distanciamento social é motivo para as brincadeiras”, conta Daniel Silva dos Santos, presidente da ONG.

“O portão é o limite da interação, o resgate não é físico e o abraço é dado a distância, simbolicamente com a presença dos palhaços de hospital, fora do ambiente hospitalar”. Micheli relata que o trabalho vai além e as pessoas que passam na rua, na hora da intervenção, também de um jeito bem-humorado, são alertadas da importância do uso das máscaras, do distanciamento social e sempre com uma mensagem de esperança, de que isso tudo vai passar.

A coordenadora alerta que os palhaços voluntários que fazem parte dos grupos de risco não são permitidos participar do projeto e são realizadas no máximo quatro escalas no dia e sempre agrupando para o mesmo lado da cidade. “O planeta se transformou em um hospital gigante e as ruas viraram nossos corredores. Por mais que não seja seguro, atualmente, nossa presença nos hospitais, temos a consciência da nossa responsabilidade com a cidade de Ponta Grossa. Devido a covid-19, nossos risometros registraram uma queda significativa de felicidade em Ponta Grossa. Por isso, cabe a nós Doutores Palhaços fazer a nossa parte para melhorar estes índices”, finaliza Micheli.

A ONG SOS Alegria conta com cerca de 50 voluntários que através da humanização, temperado com muito humor, antes da pandemia, por mais de uma década atuam para pacientes e familiares no Hospital Bom Jesus, Santa Casa de Misericórdia, Instituto Sul Paranaense de Oncologia (ISPON), Hospital São Camilo, Pronto Socorro Municipal, Hospital da Criança e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – Santa Paula.

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Informações/Fotos: Assessoria de Imprensa