O Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG) divulgou, na sexta-feira (08), pesquisa sobre o aumento do preço da cesta básica em março, comparado ao mês de fevereiro. A variação mensal foi de 5,82%, em que o custo chega a R$ 809,59. A comparação corresponde à primeira semana de março com a primeira semana de abril.

O cálculo tem como referência as compras on-line, oferecidas pelos sistemas de delivery dos supermercados de Ponta Grossa, e da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2016. Dos 33 produtos que compõem a cesta básica, 26 itens tiveram aumento e sete reduziram no preço. Desde novembro, a batata é o  produto que mais sobe no preço – em março, subiu para 73,87%, já a cebola teve queda de 13,34%. O custo de “Hortifrutigranjeiro” apresentou a maior elevação nos preços, de 19,96%, em relação às outras quatro categorias de produtos pesquisados.

No grupo de “Alimentação Geral”, houve aumento de 4,74%, com elevação no preço do leite para 13,03%, enquanto o macarrão apresentou queda de 2,97%. O grupo da “Carne” teve aumento de 5,90% , com destaque para o frango que encareceu 11,28%, e a carne bovina que reduziu 3,80%. No grupo “Higiene”, o aumento foi de 4,12% e, dentro deste, a maior variação de preço foi do sabonete, que subiu 11,58%, e o condicionador reduziu para 1,48%. No grupo de “Limpeza”, os produtos elevaram 1,07%, em que ficou mais cara a água sanitária, com 3,06% , e mais barata a esponja em 2,91%.

Na pesquisa, foram considerados o consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de uma família de três membros, com  renda mensal de um a cinco salários mínimos na cidade de Ponta Grossa. A pesquisa verificou que, se o ganho é de um salário mínimo de R$1.212,00, serão gastos 66,80% da renda mensal. Já as famílias que têm dois, três, quatro e cinco salários mínimos, a aquisição da cesta básica representa um valor de 33,40%; 22,27%; 16,70% e 13,36% da renda mensal, respectivamente. O Índice Cesta Básica (ICB) refere-se às compras feitas no município e não é um aferidor de inflação.

da UEPG      Foto: Gilson Abreu/AEN