Estamos em setembro! Os Ipês floridos e amarelos decoram as ruas para a passagem dos batalhões e infantarias, mas que há algum tempo já não têm o mesmo sentido cívico e festivo de outrora. Época que seria ideal para comemorarmos a vitória do povo, as conquistas de uma nação, de gente séria e trabalhadora, mas que agora amarga uma triste realidade depois que um governo incompetente tomou o poder.

Um país rico e que produz tanta alegria está jogado ao relento, à própria sorte. Grandes conquistas e programas sociais foram sendo abandonados pelo caminho, como quem joga a própria família no mar para o barco ficar mais leve enquanto faz sua travessia. Mas a embarcação segue pesada, cheia de problemas e buracos com pouca gente capacitada à bordo para resolver.

O Brasil que já foi uma das maiores economias mundiais agora vê seu PIB negativo, vê aquele plano mirabolante que foi vendido ao povo pelo discurso fácil das últimas eleições cair por terra. Cortam-se as florestas, retiram-se os índios donos da terra, tudo com a desculpa de que hoje eles podem ter um celular ou consumir produtos iguais aos brancos. Não, na cabeça doentia de quem está no poder, não pode! Há de se ficar para sempre preso a um período trevoso dos livros de história, atrasado e folclórico.

Mas muita gente está cega, preso a essas teorias infundadas que circulam a todo momento nas redes sociais. E fundamentados nessas ideias vazias e sem sentido que estão se armando para ir às ruas na próxima semana. Desfilarão segurando a bandeira do Brasil, diante de um retrocesso que jamais pensei que minha geração viveria. Algo que víamos quando crianças nas aulas de História, que foi tão combatido por nossos pais, agora retorna com força nas mãos e na cabeça de um bando de lunáticos desprovidos de qualquer senso de democracia e de sociedade.

Não há o que comemorar, somente lamentar e aguardar que, no próximo ano, os indignados com isso tudo sejam maioria para limpar de vez essa gente vazia do poder. Teremos o voto nas mãos outra vez. E como um país democrático que somos, tentaremos novamente retomar tudo o que foi perdido. Voltar atrás nunca mais! Seguir em frente é o que precisamos…

ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE EM BLOG DO ESMAEL

Por: Requião Filho