A segunda edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta panorama do cenário das micro e pequenas empresas e a opinião dos empreendedores sobre assuntos considerados relevantes para os negócios. O Paraná é um dos estados brasileiros com aumento no faturamento ao comparar os meses de janeiro de 2022 e de 2023, com crescimento de 29%, o que deixa o Estado apenas atrás de Amazonas (38%) e Amapá (31%).

Além disso, 25% afirmaram que o faturamento permaneceu igual e 40% que diminuiu. As respostas da pesquisa, realizada por meio de formulário on-line, apontam que a maior dificuldade encontrada pelos paranaenses foi em relação ao aumento de custos (37%) e a falta de clientes (27%). Dívidas com empréstimos (12%), impostos (4%), fornecedores (2%) e a pandemia (4%), também foram citadas.

“Podemos perceber, no ponto do faturamento, que os empreendedores estão preocupados e atentos por ser uma questão que impacta a sobrevivência. Isso pode ocorrer de diversas maneiras, seja por meio da utilização de novas tecnologias para gestão e vendas, a busca e a inclusão de tendências que possam levar a novos públicos, ou pelas mudanças motivadas pelo mercado em si”, comenta o diretor-técnico do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete.

O diretor, inclusive, sugere toda a rede de atendimento presencial ou remota da instituição (www.sebraepr.com.br/) como forma de apoio. “Nossa equipe está apta para auxiliar quem empreende. Os canais estão abertos e podem ser utilizados pelos pequenos negócios de todo Paraná”, lembra Rissete.

A segunda edição da Pulso mostra, ainda, que 70% das micro e pequenas empresas (MPE) paranaenses usam redes sociais, aplicativos ou internet para vendas, sendo o WhatsApp (81%) a principal delas, seguido por Instagram (61%), Facebook (49%), loja virtual própria (9%), OLX (9%) e aplicativos de entrega (6%).

Perspectivas
Para 2023, o levantamento aponta que 57% dos paranaenses esperam que o ano seja melhor que o anterior, 20% de que se mantenha e outros 23% de que o ano será pior. Além disso, a pesquisa apresenta a pergunta “o que fará de 2023 um ano melhor para o seu negócio?” e a principal resposta foi o aumento de clientes (57%), seguido por redução nas dívidas com empréstimos (12%) e melhor acesso a crédito (10%).

No material, uma das perguntas motivava a escolha de uma frase que melhor representasse a situação que a empresa se encontra. A principal resposta foi de que “ainda tenho muitas dificuldades para manter o meu negócio” (45%), seguida por “os desafios provocaram mudanças que foram valiosas para o meu negócio” (28%), “animado com as novas oportunidades” (19%), e “o pior já passou” (8%).

A preocupação com o aumento dos custos em diferentes áreas nos últimos 30 dias, como valor dos insumos e mercadorias, combustível, aluguel e energia está presente em 76% dos empresários paranaenses e a maioria deles ressalta que não repassaram o aumento (48%) ou fizeram de forma parcial (40%) para os seus clientes, e uma parcela fez o repasse de forma integral (8%).

O posicionamento sobre a principal preocupação do governo também foi levantado e as resposta indicam que os empreendedores esperam estímulos com foco no crescimento econômico (50%), controle da inflação (18%), combate à corrupção (15%) e corte de gastos (12%).

Desenvolvimento
O investimento na empresa foi algo realizado por 44% das MPE nos últimos três meses. De acordo com a pesquisa, os valores foram voltados para as áreas de instalações (24%), máquinas e equipamentos (23%), ampliação do espaço físico (21%), treinamento com sócios (19%) e empregados (12%), equipamentos (16%) e softwares de informática (16%), além de veículos (6%). Outros 27% realizaram aportes em outros setores.

Finanças
Ainda nesse ponto, a segunda edição da pesquisa Pulso apresenta a situação financeira dos negócios paranaenses, em que 38% afirmam não ter dívidas ou empréstimos ativos, 36% tem dívidas e empréstimos com pagamentos em dia, e 26% possui atrasos em suas contas.

Do montante que as dívidas representam dos custos mensais da empresa, 40% das respostas apontam que o pagamento é menor do que 30% do seu faturamento. Outros 33% dos participantes relatam que está entre 30% e 50%, e 16% respondeu que as dívidas representam mais de 50%.

Nos últimos três meses, a busca por empréstimos bancários no Paraná foi realizada por 28%, sendo que 44% conseguiram o montante, 44% não obtiveram e outros 12% aguardam retorno de instituição de crédito.

Foto: Freepik

do Sebrae