Entre cotas ouro, prata e bronze, o governador Ratinho Jr. rumou até Dubai com empresas a tiracolo. Em análise a documento elaborado pela Metrologia Paraná, essas relações ficaram ainda mais claras. Enquanto o governo propagandeia que é “o Paraná representado em Dubai”, com floreios dignos dos melhores marqueteiros, a realidade é jogada em nossa cara.

É, como sempre foi! Um governo que só dá apoio às grandes empresas, as mesmas de sempre, amigas do rei, dispostas a aportar de 100 a 300 mil de patrocínio para estarem presentes no clube do chá. O pequeno e médio empresário paranaense pouco ou nada trará de benefícios desse evento internacional.

Ao invés de buscar investimentos em nossas regiões, ou conseguir fundos de aporte ao pequeno e médio para que esse possam retomar o que perderam, o governo leva aquele que sempre lucra, aquele que se mantém de pé na mais forte onda.

Fazendo um paralelo futebolístico, é como se a CBF, para incentivar o futebol brasileiro, investisse e desse oportunidades maiores para Corinthians e Flamengo, deixando de lado Coritiba, Athletico e Paraná. Não é uma questão de tamanho, e sim de dar oportunidade para crescimento.

Caminhamos para uma tendência globalizada de concentração de recursos e capital na mão de poucos, e é função do Estado coibir isso. Precisamos equacionar para que o Paraná se torne estável. Se os empregos paranaenses ficarem nas mãos de poucos, quando houver crise, todo o estado perde. Se a distribuição per capita de trabalhadores for melhor distribuída entre as empresas, o Paraná sofrerá menos oscilação e, por consequência, menos pessoas passarão fome. Não ficaremos reféns de empresas que barganham menos impostos, apenas para elas em contrapartida dos empregos. Defendemos sempre imposto justo, igualitário, e bem utilizado pela máquina pública.

Já é um absurdo ocorrer predileção quando falamos da coisa pública, pior ainda é ter essa preferência vendida em um balcão de negócios, cotizando o coração do comandante do executivo paranaense. Me fez lembrar daqueles programas antigos do SBT “Em nome do amor”, quem sabe exista essa influência. Seria curioso ao final da Expo Dubai os empresários serem perguntados: É namoro ou amizade?

Se comprar a cota ouro… é namoro e quiçá até casamento!

Artigo publicado originalmente em Blog do Esmael.

Por: Requião Filho